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Um pinheiro e a vontade de manter viva a história

 

Publicado em: 03/10/2018 16:07 | Fonte/Agência: Departamento de Comunicação

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Um pinheiro e a vontade de manter viva a história

Donaldo de Jesus Baron relembra plantio do pinheiro, há 12 anos

Quem já passou pela Estrada da Graciosa, em Quatro Barras, certamente já ouviu falar da sua importância histórica ainda na época do império. A Graciosa respira história em suas curvas. Sua construção data de 1854. A conclusão das obras veio anos depois, em 1873, quando o Paraná conheceu sua primeira estrada carroçável ligando o litoral ao planalto.

A história ainda relata outras peculiaridades que fazem deste trecho, em especial, ainda mais interessante. Um desses relatos faz menção ao ano de 1880, quando o imperador Dom Pedro II e sua comitiva percorreram a Graciosa durante uma visita oficial ao Estado e descansaram à sombra de um pinheiro, na localidade hoje denominada Florestal.

Há vários registros e até mesmo telas que retratam essa passagem. Mas há alguns anos uma testemunha da história deixou de existir: o pinheiro citado nos relatos foi atingido por um raio. No local permaneceu o marco em pedra da passagem de Dom Pedro II e uma luminária em forma de pinheiro, que homenageiam a data.

É neste contexto que entra a história de seu Donaldo de Jesus Baron. Nascido em Quatro Barras e admirador da história, ele passava com frequência em frente ao local. Por muito tempo viu de pé o pinheiro original e depois sua ausência, decorrente do raio. Foi então que decidiu plantar uma nova araucária no local. Isso foi há 12 anos.

Nesta terça-feira (2), seu Donaldo - que recém se mudou para Santa Catarina - voltou ao local e contou sobre sua vontade de preservar a história. "Eu era caminhoneiro. Trabalhei durante 38 anos na estrada, mas sempre gostei de cultivar árvores, plantas e criar animais. Na época, fazia muitas mudas. Escolhia os pinhões mais graúdos e fazia várias delas. Foi uma dessas mudas que plantei para manter viva a história", contou.

De lá para cá a mudinha cresceu. Seu Donaldo estima que o pinheiro, ainda jovem, hoje deva ter de 12 a 15 metros de altura. Ao passar dos anos deve se tornar uma grande árvore, relembrando a passagem do imperador e sua comitiva por uma das estradas mais bonitas e historicamente importantes do Paraná.


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