Lançamento inicial do projeto chegou à Escola Municipal Ernesto Milani, na Colônia Maria José. Iniciativa envolve diretamente as crianças, mas também engloba toda a comunidade. Proposta é estendê-lo para as demais escolas e CMEIS
Quando a busca pela preservação ambiental e a cidadania caminham juntas, o resultado é surpreendente. E quando esta união chega às crianças, receptivas e abertas a transformar o mundo, os projetos então vão mais além, eles viram ações. Foi com este olhar que a Prefeitura de Quatro Barras, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Bem-Estar Animal (SMMAABEA), lançou na última semana o Projeto EcoÓleo, buscando conscientizar os alunos sobre o efeito prejudicial do descarte do óleo de cozinha na natureza e também ensinar qual a destinação correta deste produto usado diariamente pelas famílias.
O lançamento oficial do programa ocorreu na Escola Municipal Ernesto Milani, na Colônia Maria José, em dois turnos, de forma que envolvesse integralmente a escola, do Infantil 4 ao 5º ano.
Durante os encontros com as crianças, a equipe da SMMAABEA passou, de forma lúdica, orientações para conscientizar a importância do descarte correto do óleo de cozinha e sua alta taxa de contaminação quando descartado de forma irregular, seja no solo ou em pias e tanques. Um teatro especialmente produzido pela equipe também reforçou o tema junto às crianças, com as personagens Fiscal Flora e a dona de casa Verônica.
Outro personagem que atraiu o público infantil foi o Zé Tampinha, assim denominado pelos alunos, que é o mascote do projeto. Ele simboliza o funil utilizado para depositar o óleo nas garrafas pet. Cada criança da escola recebeu seu próprio kit de descarte do óleo, composto por uma garrafa pet, um funil com tampa e um rótulo personalizado do projeto, que contém inclusive um QR Code, para informações adicionais sobre a destinação do óleo de cozinha.
Os funis foram adquiridos através do Fundo de Meio Ambiente, com aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMUMA).
Conforme informações da diretora da SMMAABEA, Thayoná Souza de Oliveira, a proposta é estender o projeto para as demais escolas e CMEIS do município. Na Escola Ernesto Milani, 168 alunos integraram a iniciativa.
Além de se tornarem multiplicadoras, as escolas também serão pontos de coleta do óleo usado, tanto para alunos, quanto para a comunidade do entorno.
CUNHO AMBIENTAL, CUNHO SOCIAL - Com o avançar do projeto, cada escola ou CMEI será um ponto de coleta. Segundo informações da secretaria, todo o óleo coletado será destinado para a empresa especializada Biotech, que converterá o material em biodiesel. A cada um litro de óleo, as APMFs (Associações de Pais, Mestres e Funcionários) receberão um valor de R$ 2, que poderá ser aplicado em ações ou benfeitorias na própria escola.
O secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Bem-Estar Animal, Cariovaldo de Andrade Ferreira Neto, disse que a conscientização entre as crianças é o caminho para uma sociedade mais proativa no que refere à preservação e à sustentabilidade.
“Este projeto é destinado para os alunos, que são os grandes multiplicadores e incentivadores de condutas positivas em casa. É como uma rede, em que o conhecimento torna-se uma prática diária. Só temos a agradecer o engajamento de toda a equipe da secretaria, a mobilização dos alunos e educadores, e ao prefeito Tolardo por nos incentivar todos os dias, em novos projetos e ações que envolvam a comunidade”, enfatizou o secretário.
PRÓXIMA ESCOLA – Neste mês, no dia 17, a iniciativa chegará à Escola Municipal Devanira Ferreira Alves, no Centro.
Quer saber mais sobre o projeto e o descarte correto do óleo? Confira abaixo:
> Os impactos do óleo
Quando despejado em pias e tanques, por exemplo, o óleo usado acaba indo parar na rede de tratamento de água, causando o entupimento de canos e tubulações e encarecendo o processo de tratamento.
Quando despejado em corpos de água ou no solo, o óleo prejudica a vida aquática, pois sua gordura não permite a entrada de luz e nem oxigênio, interrompendo o ciclo de vida naquele local. No solo, o óleo pode infertilizar a área e contaminar os lençóis freáticos.
> A solução
O projeto EcoÓleo é uma iniciativa da SMMAABEA para destinar corretamente o óleo vegetal pós uso. O projeto instalará gradativamente 16 pontos de coleta distribuídos em todo o município para destinar corretamente o óleo arrecadado.
> Educação ambiental
As escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil do município serão pontos de coleta e ganharão materiais exclusivos para encantar e ensinar os alunos sobre a maneira correta de destinar o óleo. Além de ser um tema frequente nas atividades de professores dentro da sala de aula.
> Impacto financeiro
Além do lucro ambiental, o projeto também será uma contribuição para as escolas, já que a cada litro de óleo arrecadado, a empresa Biotech pagará R$2,00 - um recurso que poderá ser utilizado para melhorias e ações nas escolas.
> Empresa especializada
A coleta e destinação do óleo arrecadado será realizada pela empresa especializada e certificada Biotech, que atua no mercado desde 2015, dando uma destinação limpa para o óleo: o biodiesel.