Ainda sob investigação, caso vem sendo acompanhado pela Secretaria Municipal de Saúde
Quatro Barras registrou nesta semana o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos. Ainda sob investigação, o caso vem sendo acompanhado de perto por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, que monitoram qualquer possibilidade de incidência da doença em território municipal.
Uma das preocupações das equipes de Saúde é que cidades limite a Quatro Barras ou próximas ao município já investigam casos, como Pinhais e Colombo, além de Curitiba, que já possui 115 casos confirmados da doença. No Paraná, já são 153 pessoas infectadas e outros 183 casos sob suspeita.
Transmissão
A transmissão da varíola dos macacos entre humanos acontece principalmente por meio do contato direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.
Na primeira fase, os sintomas causados pela doença são semelhantes aos sinais de uma gripe, com quadro de febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios e fadiga, que podem durar, em média, três dias. Já na segunda fase aparecem as lesões na pele.
Não existe, até o momento, um tratamento específico para a doença, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento, de acordo com os órgãos de Saúde, pode se manifestar em pessoas imunossuprimidas com HIV, leucemia, linfoma, metástase, transplantados ou pessoas com doenças autoimunes, além de gestantes, mulheres em fase de amamentação e crianças com menos de oito anos de idade.
Como se proteger
Em ação conjunta, os departamentos de Vigilância Sanitária e Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Quatro Barras sugerem algumas medidas para evitar o contágio, inclusive, bastante similares às adotadas contra a Covid-19. Entre as recomendações estão o uso de máscaras, evitar lugares fechados, não ter múltiplas parcerias sexuais; evitar contato físico por meio de relações sexuais, beijos e abraços com pessoas que tenham lesões na pele; e higienizar frequentemente as mãos.
Além disso, o Ministério da Saúde reforça que a principal ação de prevenção é evitar o contato direto com pessoas contaminadas, destacando que a transmissão se dá, sobretudo, através do contato pele a pele.
Uma das medidas imprescindíveis para controle da doença, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), é a detecção e o isolamento precoce dos doentes até caírem as crostas, o que pode levar entre duas a quatro semanas.
Curiosidade
Apesar do vírus receber a nomenclatura de “varíola dos macacos”, segundo a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBP), o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por contágio entre pessoas.
O texto assinado pela entidade destaca ainda que os macacos não são vilões e sim vítimas, e ressalta que os animais não devem sofrer nenhuma retaliação por parte da população por medo da doença.