Quatro Barras tem em seu território o traçado original da Estrada da Graciosa, construída entre os anos de 1854 e 1873. Atravessando o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil, a Estrada da Graciosa foi a primeira via carroçável do Paraná. Sua importância histórica está atrelada ao início do desenvolvimento do Estado, por onde circulava o fluxo econômico da época, já que era o principal acesso entre Curitiba e o litoral. Segundo registros históricos, a Estrada da Graciosa também guarda em sua tradição a passagem do imperador Dom Pedro II e sua comitiva, que em visita oficial ao Estado, em 1880, descansaram à sombra de um pinheiro.
Ao longo de suas curvas sinuosas, o visitante encontra antigos oratórios e pontes centenárias construídas entre o final do século XIX e meados do século XX, como a Ponte do Arco e a Ponte sobre o Rio Taquari, onde começa a Área de Preservação Ambiental da Serra do Mar. O trecho é visitado diariamente por ciclistas, motociclistas e visitantes adeptos das corridas e caminhadas.
A Estrada da Graciosa original ligava o Município de Curitiba a Antonina e Morretes. Com a abertura da BR 116, um novo acesso à Graciosa foi construído, deixando todo o trajeto de Quatro Barras esquecido. Por décadas a Velha Estrada da Graciosa, uma das primeiras Estradas do Paraná, foi utilizada apenas por caminhões vindos de pedreiras e por jeeps do Rally da Graciosa.
Estes 20 km sem pavimentação foram contemplados com o projeto da Estrada Parque Graciosa, concebido no ano de 2006 e executado a partir de 2009 com recursos provenientes do Ministério do Turismo.
Hoje pavimentado, o trecho reúne atrativos muito interessantes como pontes e capelas centenárias, monumentos, belas paisagens, trechos originais, portais e empreendimentos.
A estrada sinuosa atualmente é muito procurada por ciclistas, motociclistas e para esportes radicais, que encontram nela paisagens únicas.